Os peixes do pernambucano Lula Cardoso Ayres (1910-1987). |
Despertar com ambos alguma consciência. |
CAIXA DE ÁGUA
A água na caixa de água,
entre o cimento e o cobre,
imóvel, dorme. Sonha.
Maré, peixe, alga ou bote?
A água bebia a pedra,
mas, sedenta na caixa,
nem um gole consegue
da engenheira embalagem.
A água na caixa e, na água,
um legado de espuma,
de espuma prisioneira.
Fonte, rio, onda ou chuva?
MAURO MOTA (1911-1984). Poeta e prosador brasileiro, nascido no Recife, PE. Estreou com Elegias (1952). Com evidentes raízes em elementos do cotidiano, sua poesia é uma espécie de retrato da vida brasileira. O poema acima, com seu inesperado ponto de vista, integra o volume Itinerário (José Olympio, 1983).
CAIXA DE ÁGUA
A água na caixa de água,
entre o cimento e o cobre,
imóvel, dorme. Sonha.
Maré, peixe, alga ou bote?
A água bebia a pedra,
mas, sedenta na caixa,
nem um gole consegue
da engenheira embalagem.
A água na caixa e, na água,
um legado de espuma,
de espuma prisioneira.
Fonte, rio, onda ou chuva?
MAURO MOTA (1911-1984). Poeta e prosador brasileiro, nascido no Recife, PE. Estreou com Elegias (1952). Com evidentes raízes em elementos do cotidiano, sua poesia é uma espécie de retrato da vida brasileira. O poema acima, com seu inesperado ponto de vista, integra o volume Itinerário (José Olympio, 1983).
Um comentário:
um belo poema, mayrant
entrou para a lista de aquisições rs
abraço
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