"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

domingo, 12 de outubro de 2014

POETA-POEMA, 44: MÁRCIA MAIA

A morte, por Walter Sickert (1860-1942).
| Expor um poeta, defini-lo com um só poema.
Despertar com ambos alguma consciência. |

FOTOGRAFIA

à beira da estrada
um cemitério

cruzes enfeitadas com
coroas de primeira-comunhão

inocência estendida entre
as lápides

num misto de saudade e
decomposição

MÁRCIA MAIA (1951). Poetisa brasileira, nascida no Recife, PE. Estreou em 2001, na revista Poesia Sempre, número 15, da Biblioteca Nacional. Em livro, em 2003, com Espelhos. O poema acima está no volume Em queda livre (Bagaço, 2005).

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