"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

POETA-POEMA, 5: ALBANO MARTINS

Mangaratiba (1946), de Pancetti.
| Expor um poeta, defini-lo com um só poema.
Despertar com ambos alguma consciência. |

UM DOS CAPÍTULOS

Ainda te falta
dizer isto: que nem tudo
o que veio
chegou por acaso. Que há
flores que de ti
dependem, que foste
tu que deixaste
algumas lâmpadas
acesas. Que há
na brancura
do papel alguns
sinais de tinta
indecifráveis. E
que esse
é apenas
um dos capítulos do livro
em que tudo
se lê e nada
está escrito.

ALBANO MARTINS (1930). Poeta e professor português. Com mais de 50 anos de vida literária, é uma das mais representativas vozes do lirismo ibérico. Os brasileiros devem o conhecimento de sua poesia ao volume Antologia poética (Unimarco, 2000).

Um comentário:

Emmanuel Mirdad disse...

Ó o que nossas conversas renderam: http://www.flica.com.br/matei-visniec-e-o-primeiro-nome-estrangeiro-confirmado-pela-flica/