"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

domingo, 28 de setembro de 2014

POETA-POEMA, 30: Edith SÖDERGRAN

Paisagem com figuras, de Johann Wilhelm Schirmer.
| Expor um poeta, defini-lo com um só poema.
Despertar com ambos alguma consciência. |

NAS GRANDES FLORESTAS

Nas grandes florestas perdi-me fundo
à procura dos contos que ouvi na infância.

Nas altas montanhas perdi-me toda,
à procura do castelo encantado da mocidade.

No jardim de meu amado perdi-me:
lá estava o alegre cuco que meu desejo buscava.

EDITH SÖDERGRAN (1892-1923). Poetisa nascida em São Petersburgo, de pais finlandeses, mas idioma sueco. Seus poemas foram escritos em sueco, russo, francês e alemão. Estreou com Poemas [Dikter], em 1916, seguindo-se mais quatro livros, o último postumamente. Tradução de Marcello R. Coelho, extraída de Poemas (Cone Sul, 2001).

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