Despertar com ambos alguma consciência. |
FIM
Eis que o elefante morreu. Na aurora
Viram-no, quieto, a língua de fora.
O circo agora parou na estrada.
Sem o elefante não somos nada!
Os astros choram. A lona inerme
Recobre o corpo do paquiderme.
Não se acha um outro. Nada mais resta
Para as cidades que esperam festa.
Não há saída. Não há futuro.
Ei-lo na estrada, espantoso e duro.
Na noite um bando que já não dorme
Está cavando um buraco enorme.
ALEXEI BUENO (1963). Poeta, editor e ensaísta brasileiro, natural do Rio de Janeiro, RJ. Sua poesia, formal, alegórica e narrativa, desfruta, talvez, neste último aspecto, de uma certa influência da lírica do anglo-americano W. H. Auden. O poema acima foi extraído de Lucernário (Nova Fronteira, 1993).
FIM
Eis que o elefante morreu. Na aurora
Viram-no, quieto, a língua de fora.
O circo agora parou na estrada.
Sem o elefante não somos nada!
Os astros choram. A lona inerme
Recobre o corpo do paquiderme.
Não se acha um outro. Nada mais resta
Para as cidades que esperam festa.
Não há saída. Não há futuro.
Ei-lo na estrada, espantoso e duro.
Na noite um bando que já não dorme
Está cavando um buraco enorme.
ALEXEI BUENO (1963). Poeta, editor e ensaísta brasileiro, natural do Rio de Janeiro, RJ. Sua poesia, formal, alegórica e narrativa, desfruta, talvez, neste último aspecto, de uma certa influência da lírica do anglo-americano W. H. Auden. O poema acima foi extraído de Lucernário (Nova Fronteira, 1993).
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