Praia de Pescadores, de Marques d'Oliveira (1853-1927). |
Despertar com ambos alguma consciência. |
A CASAIS MONTEIRO,
PODENDO SERVIR DE EPITÁFIO
O que dói não é um álamo.
Não é a neve nem a raiz
da alegria apodrecendo nas colinas.
O que dói
não é sequer o brilho de um pulso
ter cessado,
e a música, que trazia
às vezes um suspiro, outras um barco.
O que dói é saber.
O que dói
é a pátria, que nos divide e mata
antes de se morrer.
(Setembro, 1972)
EUGÉNIO DE ANDRADE (1923-2005). Poeta português. Lírico ao extremo, foi chamado de "o grande poeta do amor na poesia portuguesa do século XX" por António José Saraiva. Gozou de muito prestígio em vida e ainda é uma referência lírica do idioma. O belo poema acima está em Antologia breve (Civilização Brasileira, 1983).
A CASAIS MONTEIRO,
PODENDO SERVIR DE EPITÁFIO
O que dói não é um álamo.
Não é a neve nem a raiz
da alegria apodrecendo nas colinas.
O que dói
não é sequer o brilho de um pulso
ter cessado,
e a música, que trazia
às vezes um suspiro, outras um barco.
O que dói é saber.
O que dói
é a pátria, que nos divide e mata
antes de se morrer.
(Setembro, 1972)
EUGÉNIO DE ANDRADE (1923-2005). Poeta português. Lírico ao extremo, foi chamado de "o grande poeta do amor na poesia portuguesa do século XX" por António José Saraiva. Gozou de muito prestígio em vida e ainda é uma referência lírica do idioma. O belo poema acima está em Antologia breve (Civilização Brasileira, 1983).
Um comentário:
"O que dói é saber".
Perfeito.
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