| Expor um poeta, defini-lo com um só poema.
Despertar com ambos alguma consciência. |
FAGIA
salão cheio de pessoas interessantes
baladinha cult
livraria confortável
artisticamente esbelta
estantes socadas de edições cheirando a árvores recém-cortadas
― em breve irão feder e mofar por falta de pra onde escoar
o champagne é farto
os assuntos até que são safos
mas o que todos querem é foder
e se fuder.
A arte provocante de Toulouse-Lautrec. |
Despertar com ambos alguma consciência. |
FAGIA
salão cheio de pessoas interessantes
baladinha cult
livraria confortável
artisticamente esbelta
estantes socadas de edições cheirando a árvores recém-cortadas
― em breve irão feder e mofar por falta de pra onde escoar
o champagne é farto
os assuntos até que são safos
mas o que todos querem é foder
e se fuder.
EMMANUEL MIRDAD (1980). Poeta e contista brasileiro, nascido em Salvador, BA. Publicou Abrupta sede (Via Litterarum, 2010) e Nostalgia da lama (Cousa, 2014), de onde se extraiu o poema acima. É um dos criadores e organizadores da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA).
Um comentário:
Que alegria, Mayrant! Muito obrigado pelo espaço, uma honra fazer parte dessa bela coleção. É sempre engraçado se surpreender com a escolha dos colegas escritores. Acho que já tivemos bons papos sobre a hipocrisia dos lançamentos por aí. Grande abraço!
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