"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 13 de setembro de 2014

POETA-POEMA, 15: HO CHI MINH


A estrada de Sevres (1858), de Camille Corot.
| Expor um poeta, defini-lo com um só poema.
Despertar com ambos alguma consciência. |

MARCO DE ESTRADA

Nem muito alto, nem muito largo,
Nem imperador, nem rei,
Você é só um marco de estrada,
Que se ergue junto à rodovia.
As pessoas passam,
Você indica a direção certa
E impede que alguém se perca.
Você informa a distância
Que se precisa ainda percorrer.
Sua tarefa não é pequena,
E toda a gente lembrará sempre de você.

HO CHI MINH (1890-1969). Estadista, revolucionário, espião e poeta vietnamita. Preso na China de agosto de 1942 a setembro de 1943, transformou sua clausura em poesia, escrevendo diariamente, em chinês, poemas enfeixados depois no volume Diário de prisão de Ho Chi Minh, um profundo registro do alcance de sua sensibilidade e inteligência. A edição brasileira saiu pela DIFEL, em 1971, com tradução desconhecida.

Um comentário:

Lidi disse...

Tão belas quanto as poesias são as telas que você escolhe para ilustrá-las. Um abraço.