"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ARAUTO DO BARULHO NOS BARRIS

A ex-Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
Na sua obsessiva campanha de transformar a Biblioteca Pública do Estado da Bahia em Centro de Cultura (e quando se fala de "cultura" em Salvador isso implica sobretudo barulho, música alta e ruim), o folclorista Albino Rubim fez a Secult-BA colocar nas ruas dos Barris um carro de som, que circula pelo bairro anunciando bem alto a programação das atividades pseudoculturais do Espaço Xisto Bahia. Ora, biblioteca é lugar de silêncio e concentração, de leitura e conhecimento, e tudo de que não precisamos é carro de som! Se o Secretário de Cultura não gosta de ler, há pessoas que gostam. Proponho que o Sr. Albino Rubim prove do seu próprio veneno e inclua o bairro onde mora no roteiro do seu pregoeiro sobre rodas, pois ele parece apreciar muito o barulho urbano! Aliás, a emissão de ruídos em locais públicos é altamente prejudicial à saúde e interfere diretamente nas relações sociais. Como se já não bastasse transformar autoritariamente a primeira biblioteca do país em centro de cultura (toda biblioteca é por ela mesma um centro natural de cultura!), agora temos que aturar o seu abuso ao silêncio. A Secult-BA e a Secretaria de Educação deveriam se preocupar mais com as condições (de Educação, Arte e Conhecimento) em que vivem os baianos e renunciar a estas ações de marketing barato, que só desabonam o Governo junto à população.

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