"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

BRASIL, A BADERNA

Sim à corrupção.
Como previsto, e como era comum na irmã vermelha Venezuela, nos tempos de Chávez, os cidadãos brasileiros pró-Dilma foram às ruas hoje protestar a favor do Governo... E a favor de tudo o que vem acontecendo nos últimos anos, em termos de falcatruas oficiais e corrupção, do Mensalão à Operação Lava a Jato, capitaneados por políticos do Partido dos Trapaceiros.

O bolo é grande e, em nome da suposta Democracia, vai um monte de gente ganhando e ganhando e ganhando.

Na última eleição, uma das promessas vazias da presidente Dilma era investir pesado na educação. E investiu: pagou campanha publicitária para convencer os bobocas de que o Brasil é pátria educadora. Nem ela acredita nisso. E deve rir nos bastidores da sua artimanha.

E os cortes para a educação surgiram, logo no início do segundo mandato. Na UFBA, dia desses, não havia dinheiro nem para pagar a conta de energia. O reitor teve de rebolar. Quem sabe onde e como!

Mas vai tudo bem. Muita gente está apalpando altas somas; a indústria de automóveis, então! A notícia é a de que os bancos públicos vão facilitar empréstimos para salvar o setor das demissões inevitáveis. E os professores à míngua, com salários mixurucas e ainda vitimados pela violência em sala de aula, porque a juventude petista sabe que pode ascender sem mérito algum, basta colaborar, ir às ruas, entoar os cânticos políticos e fazer o jogo que abre portas até para cabos de vassouras, se há cooperação. Belo país teremos no futuro. 

Temo que, um dia, o Brasil se torne um dublê da famigerada Venezuela, onde a constituição, a opinião pública, o congresso, a eleição e tudo o mais sofrem com as manipulações do Governo. Dia virá em que só poderemos ir à ruas de vermelho. E a olhar para o chão ou para cima, como no romance Sombras de reis barbudos, de José J. Veiga. Nos anos 1970, esta obra representava uma alegoria da Ditadura; hoje, mais parece uma proposta do atual Governo, célebre por tirar nada do saco e botar no outro, exceto quando o conteúdo é dinheiro, que vai direto para o bolso.

E um detalhe: as manifestações do último dia 16 foram num domingo; as de hoje, em pleno dia útil, para incomodar. E tome engarrafamentos, dia perdido, horas paradas, estresse, indignação, exaustão, desânimo... Típico de partidos políticos fajutos, cujo maior propósito é promover a baderna. Pois conseguiram.

O Brasil é uma baderna por esquina, e o Governo, do centro do seu cinismo, o primeiro a promovê-la e sancioná-la.

Um comentário:

Carlos Vilarinho disse...

Podia ser então "Sombras de um sapo barbudo"... E há quem dê legitimidade a esse caos da desgraça do PT...PQP