Estudo de capa, não aprovado. |
Emmanuel Mirdad, um dos mentores da Festa Literária de Cachoeira (FLICA), postou em seu blogue, alguns trechos de sua preferência, extraídos de Cidade singular (Kalango, 2013). Recentemente, conversamos sobre o livro, e ele me falou dos contos que mais apreciara, expondo os motivos e comentando algumas passagens. Como autor, sempre me surpreendo com os efeitos que um conto provoca no leitor, bem diversos da motivação que me levou a escrevê-lo. Lembro-me de Mirdad me perguntar sobre o conto Muros, ao que eu respondi que era um dos meus favoritos, mas, certamente, por uma razão completamente diferente da que ele ou outro leitor viesse a apontar. Na verdade, como falei que gostava de Muros, ele não disse nada, talvez porque, por elegância, não quisesse confrontar o autor. Minha preferência por Muros se justifica pela forma, especialmente o tom das frases, o ritmo da trama e o uso do tempo verbal presente, que confere ao relato uma expressividade poética e onírica. Não se assemelha em linguagem e estrutura a nenhum dos demais contos e, por isso, é quase um ente estranho ao conjunto, o que me parece o bastante para ressaltá-lo. Quem quiser ler os textos pescados de Cidade singular pelo Mirdad, acesse aqui.
Um comentário:
Às vezes quem cala, consente. Embora meus prediletos são os que estão com os trechos extraídos, principalmente "E Não me Arrancaram" e "O Quasídromo", ambos extremamente cinematográficos. Parabéns pela obra, excelente como sempre. Grande abraço!
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