Pintura de José Pancetti (1902-1958). |
AMOR DE MÃE
Uma anedota popular árabe conta que uma mãe, a quem perguntaram a qual dos filhos mais amava, respondeu:
"Ao pequenino, até que cresça; ao enfermo, até que cure; ao ausente, até que volte".
Minha mãe, ao mesmo tempo emotiva e cartesiana, era bem assim. E aqui fica este texto, em sua memória, pois hoje, se viva, completaria 81 anos.
Quanto ao belo quadro de Pancetti, é inevitável que ele me faça recordar o tempo em que moramos numa ilha, no RJ. Não era incomum que minha mãe, nas tardes de outono, que não eram quentes nem frias, me levasse, pequeno, a caminhar pela praia. A sensação que tenho hoje, ao me recordar daqueles momentos, é a de que estávamos sozinhos no mundo. Como as duas figuras no quadro. Assim são as lembranças, simples interpretações.
Quanto ao belo quadro de Pancetti, é inevitável que ele me faça recordar o tempo em que moramos numa ilha, no RJ. Não era incomum que minha mãe, nas tardes de outono, que não eram quentes nem frias, me levasse, pequeno, a caminhar pela praia. A sensação que tenho hoje, ao me recordar daqueles momentos, é a de que estávamos sozinhos no mundo. Como as duas figuras no quadro. Assim são as lembranças, simples interpretações.
8 comentários:
:'(
Me emocionou, amigo. Abr (carlos barbosa)
Era um texto assim belo e simples que eu precisava ler hoje, meu amigo. Um abraço.
Meu caro amigo,bela homenagem. Emocionou-me. Um abraço
As lembranças somos nós. Essa é das boas.
Beijo, Mayrant
Que coisa bonita, Mayrant!
Um abraço.
Belo texto, Mayrant. Leio agora, bem depois de você ter publicado aqui, mas a sensação é de estar ao seu lado, escutando você ler o texto em voz alta. Sorte a sua poder fazer essa analogia de memória com esse belo quadro do Pancetti. Abraços, camarada. ;-)
Só hoje, li essa bela homenagem que você fez para Zezé, sua mãe, que não é a minha mas poderia sê-lo...a dor voltou. A dor da perda que já tinha dado lugar à saudade. Mano, meu abraço!!
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