Capa: Marcos Lisboa. |
Raros são os
livros escritos para o público jovem (infância ou adolescência) que resistem a
uma leitura adulta. Sem muito pensar, podemos citar dois ou três: A árvore generosa, Os
meninos da Rua Paulo, O
flautista de Hamelin. Condição partilhada pela novela O homem de ferro (The iron man, Martins Fontes, 1998), do inglês Ted
Hughes, uma fábula sobre a importância de todos os seres para a vida e para o
mundo, sua utilidade ingênita na harmonia do Cosmo. Ninguém sabe de onde o
gigantesco Homem de Ferro veio, nem como foi criado, mas isso não faz dele uma
ameaça. Apenas evidencia a diversidade da vida e das formas de vida, e nos diz
ironicamente que as boas índoles não escolhem corpo nem matéria. Publicada originalmente em 1968, gerou, mais de trinta anos depois, um
longa-metragem de animação inesquecível: O gigante de ferro (1999), dirigido por Brad Bird. Uma atração a mais para os aficionados por livros ilustrados: os
sensacionais desenhos em P&B de Andrew Davidson.
Também publicado na revista Verbo 21.
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