"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 2 de julho de 2013

LEITURAS, 29: O HOMEM DE FERRO

Capa: Marcos Lisboa.
Raros são os livros escritos para o público jovem (infância ou adolescência) que resistem a uma leitura adulta. Sem muito pensar, podemos citar dois ou três: A árvore generosa, Os meninos da Rua Paulo, O flautista de Hamelin. Condição partilhada pela novela O homem de ferro (The iron man, Martins Fontes, 1998), do inglês Ted Hughes, uma fábula sobre a importância de todos os seres para a vida e para o mundo, sua utilidade ingênita na harmonia do Cosmo. Ninguém sabe de onde o gigantesco Homem de Ferro veio, nem como foi criado, mas isso não faz dele uma ameaça. Apenas evidencia a diversidade da vida e das formas de vida, e nos diz ironicamente que as boas índoles não escolhem corpo nem matéria. Publicada originalmente em 1968, gerou, mais de trinta anos depois, um longa-metragem de animação inesquecível: O gigante de ferro (1999), dirigido por Brad Bird. Uma atração a mais para os aficionados por livros ilustrados: os sensacionais desenhos em P&B de Andrew Davidson.

Também publicado na revista Verbo 21.

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