Capa: Guilherme Peres. |
AVE, PALAVRA
O poeta sentou debaixo da árvore. Armou o alçapão e ficou à espera.
Esperando o quê?
Ninguém sabia. A armadilha era tão invisível quanto o pássaro que ele esperava.
CANÁRIO
Ao atravessar a rua, o poeta se distraiu e não viu o carro vindo em sua direção.
Trágico acidente.
Do fio do poste voou impune o verdadeiro culpado.
EÇA É BOA
Em dias assim, kafka eu a pensar: kundera eu fosse um grande escritor, capaz de escrever obras-primas camus estas... Poe certo, eu não estaria aqui, camões doendo de tanto empilhar livros. Eu, homero bibliotecário.
Todas de Histórias para ninar dragões (Multifoco, 2012), de Wilson Gorj, que, além de poeta, contista e editor, nasceu no dia do escritor, profissão reconhecida, mas não regulamentada. Uma das justificativas: "O Brasil é um País que lê pouco, o livro custa caro, e a população não tem renda disponível para tais luxos", afirmou Elias Daher, na condição de presidente do Sindicato dos Escritores (DF). Parabéns, Governo Brasileiro, pelo excelente País que os senhores estão formando!
2 comentários:
Luxo?! E o cara ainda é presidente do Sindicado dos Escritores?! Estamos mesmo bem representados! Parabéns ao Gorj, e a você, Mayrant, que também faz aniversário hoje, no dia do Escritor. Tenho orgulho de ter amigos como vocês, que me dão a oportunidade de usufruir não de um "luxo", mas de algo essencial, que torna a vida menos rude: a arte. Parabéns aos dois! Abraços.
Obrigado, Mayrant. Fiquei contente com a surpresa dessa homenagem. Parabéns pelo seu dia, também. Que a cada ano sua literatura (se/nos/o) enriqueça mais.
Abraços
do
amiGorj
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