Maternidade, do brasileiro Eliseu Visconti (1866-1944). |
Despertar com ambos alguma consciência. |
PRÓLOGO
Do pó à pena, poucas léguas.
Letras enfermas, convalescentes,
através dos séculos, em poemas.
Quero, dos homens,
só que não me lembrem.
Ser célebre é construir a lápide
antecipadamente.
Ao final, todos iremos
para os vermes
ou as cinzas,
aquele que imortaliza seu legado
e o que recolhe folhas num parque
e nada deixa em testamento.
KÁTIA BORGES (1968). Poetisa brasileira, nascida em Salvador, BA. Com quatro ou cinco títulos publicados, é seguramente uma das mais promissoras vozes do lirismo atual, estabelecendo um diálogo entre a tradição modernista e os novos tempos. Poema extraído de seu livro de estreia: De volta à caixa de abelhas (Funceb, 2002).
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