Livros: remédio contra o embotamento. |
Mas isso não é tudo; já aconteceu de um escritor me colocar a mesma questão e, quando a respondi, de novo por alto, ele rebateu: "Eu já tenho dezoito livros". Muito bem, parabéns, espero que tenha pelo menos um leitor para cada um deles, como propõe Ricardo Piglia no seu O laboratório do escritor. E transcrevo aqui o alerta de Mário Quintana, quando lhe perguntaram quem era o melhor poeta do Brasil, naquele momento: "Poeta não é cavalo de corrida, para chegar em primeiro lugar". Nem se mede o valor de um autor pela quantidade de livros que ele publicou ou escreveu. Temos alguns exemplos inquestionáveis: Rodrigo M. F. de Andrade, no Brasil; Juan Rulfo, no México; Raymond Radiguet, na França. Nenhum dos três escreveu mais que três livros.
Esta semana, e por duas vezes, tive que responder à mesma pergunta. Uma diretamente, e outra por uma via mais específica: "Mande-me a lista de seus últimos livros publicados". E o mais intrigante é que, em todos os livros que publicamos, está lá, na orelha, às vezes numa das primeiras ou últimas folhas, a biobibliografia do autor. Mas, ao que parece, "atualmente", só se leem os conteúdos, as histórias propriamente ditas e que justificam o livro; tudo o mais é texto sem importância: epígrafes, dedicatórias, notas, advertências, prefácios, posfácios, sumários, folha de rosto, colofão. E, assim, passa-se em branco pelo que, se não é imprescindível, será necessário saber, mais cedo ou mais tarde. Ah, jornalistas!
Na próxima postagem, vai a lista de tudo o que já publiquei, em livro, até a presente data. Espero, com isso, daqui por diante, responder o seguinte a quem me solicitar a quantidade ou relação dos livros que publiquei: "Entre no meu blogue e digite, na caixa de busca ("pesquisar"), títulos do autor. Prometo manter a lista atualizada ou, se for o caso, seriá-la. Belo verbo, este, não: seriar?!
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