"Acho que deveríamos ler apenas os livros que nos ferem e apunhalam... Precisamos dos livros que nos afetam como um desastre, que nos façam sentir sorumbáticos, como a morte de alguém que amávamos mais que a nós mesmos, como ser exilado para o meio de uma floresta, longe de todos, como um suicídio. Um livro pode derreter o mar congelado que há dentro de nós."
FRANZ KAFKA (1883-1924). Escritor tcheco de expressão alemã. Autor de livros definitivos, como A metamorfose, O castelo, O processo e O médico rural.
Claro que Kafka não leu Dom Casmurro, mas ele o teria aprovado como um livro que fere...
8 comentários:
Que belo post! Também sou louca por livros que mechem nas minhas feridas e me despertam remorsos.
Mayrant, vou levar esse post lá para o meu blog, tá?
Eu sou suspeita para falar, você bem sabe, amo Machado de Assis. Sem dúvida, Dom Casmurro é um livro que fere. Sim, Kafka o aprovaria. Abraço.
Adoro esse fragmento kafkiano. Com certeza Dom Casmurro estaria na lista de Kafka.
Como sabemos, Kafka também apreciava o cinema. Enumere aí Acossado, Brinquedo Proibido, A Dama de Shangai, Amor à Flor da Pele, Todas as mulheres do mundo e outros filmes que sim, ferem muito. Aquele abraço.
O Kafka, sem dúvidas teria aprovado.A literatura que fere, abre feridas e caminhos, nem sempre com rota certa.
Mayrant: tomei a liberdade de levar parte (quase toda) de seu parecer sobre o romance Fugir, de Jean-Philippe Toussaint, por conta do seu 2º lugar no Goncourt. Coloquei os devidos créditos, claro. E agradeço.
Concordo.
Gosto dos livros dilacerantes.
Abraço, Mayrant!
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