Pio Gatilho está de volta num conto inédito, especialmente escrito para a revista Diversos Afins. Aos leitores interessados, que gostam do cara, apreciam seus métodos de ação e sua insuspeitável humanidade, vai aqui o primeiro parágrafo. O restante está na Diversos Afins. Aproveito a oportunidade para agradecer ao Fabrício Brandão e ao Rodrigo Melo o convite para participar da revista.
CARAS
QUE NÃO COSTUMAM LER LIVROS
Dani Dark tinha viajado. Rio de
Janeiro. Um congresso em seu ramo de atividade, que não vem ao caso explicitar aqui.
O certo é que, àquela hora, ela estava num hotel da Zona Sul, o mar em frente, numa
verdadeira metrópole, e eu aqui, comendo no Yang Ping do Center Lapa e, nos
dias em que não tinha trabalho, saindo cedo para caminhar no Dique. Era tudo. Meu
trabalho, vocês sabem... Quem leu os contos do Gallo já me conhece. Eu mato.
Sou pago para matar. Gente rica, e até gente pobre, me contrata com frequência.
Mas também já matei para fazer cumprir a justiça. Instinto de nobreza, uma
coisa assim do Zorro, que não faz de ninguém um sujeito melhor nem pior ― muito
menos eu ― e que, sobretudo, não nos salva do injustificável: o fim do túnel lá
adiante e o salto, afinal, no abismo. (continua)
Conto incorporado ao volume inédito O próximo herói.
2 comentários:
"Meu trabalho, vocês sabem… Quem leu os contos do Gallo já me conhece. Eu mato." - Adorei, Mayrant. :)
Conto muito, muito bom!
Um grande abraço.
Legal mesmo... Como sempre, né, meu velho. rs
Abraço.
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