"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

LINDAS CAPAS, 6: XANGAI BABY

Aos vinte e cinco anos, Wei Hui foi considerada uma revelação literária em seu país e, quase imediatamente, no mundo. Pouco depois, a China a sentenciou “decadente, devassa e escrava da cultura estrangeira”, queimando em praça pública 40 mil exemplares do seu livro Xangai Baby, o que só fez aumentar o interesse por sua obra. Com o propósito de se defender, mas não se justificar, a autora afirmou que o conteúdo de seu romance é fruto de sua experiência de vida: família rígida, inútil treinamento militar na faculdade, rebeldia e sexo. “Foi sobre isso que escrevi”, um relato semi-autobiográfico por excelência. Mas esqueça que ouviu ou leu sobre tais peripécias e, impelido(a) por esta linda capa, cheia de sugestões, mergulhe na obra, para enfim julgá-la e à autora. Assim como esta ousada fotografia revela e oculta, espicaçando a imaginação, toda e qualquer opinião sobre uma obra prescinde do que é indecoroso e destaca o que é conveniente ou o inverso.

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