Depois do advento da internet, que favoreceu a pirataria, o CD virou artigo de luxo ou simples objeto de colecionador. Consequentemente, as capas passaram a prescindir de refinamento estético e apuro gráfico. Tornaram-se feias, descuidadas, burocráticas, com fotos anódinas ou desenhos irrelevantes, que não despertam nenhum interesse. O maior exemplo é o mais recente CD de Céu, em cuja capa a cantora surge deformada, como um monstro de outro planeta. A grande maioria dos CDs não escapa a esta condição ou, quando o fazem, não vão além de capas piegas, com design de telenovela. Neste sentido, a capa do novo CD de Diana Krall causa um sobressalto e faz da estrela canadense a "pin-up do ano". Depois de se firmar como excelente cantora, pianista e compositora, a moça revela toda a sua sensualidade e beleza numa foto que remonta aos ambientes dos bordéis de luxo parisienses do século XIX, como o representado no belo filme L'apollonide. E não é só a capa: o disco é maravilhoso! Repertório, melodias, arranjos, letras, interpretações. Sempre a mesma e outra, Diana Krall não cessa de emitir luz própria. E audácia! Como a desta linda capa.
Um comentário:
Rapaz, topei com o disco hoje na Saraiva. Ainda não ouvi, mas tenho La Krall como artista completa. Ouso dizer que a capa faz jus à sua grandeza de diva. Abr. (carlos barbosa)
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