"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O ROMANCE

Há centenas e, talvez, milhares de definições do que seja o romance: gênero informe, massa de histórias com um tênue fio condutor, distensão no tempo e no espaço, multidão de personagens sem nada o que fazer e que o autor manipula ao seu bel-prazer, "o todo possível de uma narrativa" (esta é minha), o mundo de um deus, o autor (Faulkner). Todavia, uma das mais espirituosas e precisas com que já me deparei é a que se segue, arrancada de um romance de Stephen King e atribuída àquele que muitos consideram o fundador do romance norte-americano, Mark Twain, um humorista nato. Mais ou menos lá no primeiro terço de 'Salem's Lot, um calhamaço de quase seiscentas páginas, lê-se: "Mark Twain disse que um romance era uma confissão de todos os crimes por um homem que nunca comenteu nenhum."

3 comentários:

Carlos Barbosa disse...

E se eu entendi bem o que diz J. Franzen em "Como ficar sozinho", complementaria a frase atribuída a Twain com "...mas que sabe muito bem como cometê-los". Muito bom o seu retorno ao blog, Mayrant. Abr (carlos barbosa)

Bípede Falante disse...

Bárbaro post.
Vou anotar e levar para o meu grupo de escrita.
Beijoss :)

Tatiana disse...

Desculpa, eu desobedeci - e li. Sensacional a definição!
Vou (de quatro patas) seguindo a Bípede e encontrando coisas bárbaras. Esta é uma delas. Abraço