"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A PROSA DE UM POETA


Quarta-feira, no Café Terrasse, no início da Ladeira da Barra, o escritor Bernardo Almeida, um dos 21 autores enfeixados no coletivo Sangue novo (Escrituras, 2011), lança seu livro de contos O vencedor está morto (Confraria do Vento, 2014). Tive a honra de escrever a introdução daquela coletânea e, sem dúvida, Bernardo Almeida foi um dos poetas que mais me impressionaram. Ao saber que ele escrevia contos, não pude esconder minha alegria, pois sou adepto de uma ideia, um tanto francesa, de que o escritor deve buscar variação e versatilidade sempre, tanto de forma e assunto quanto de gênero. Mas obviamente que um Jean Cocteau e um Boris Vian não nascem em todas as gerações nem em qualquer país. Quarta-feira estou lá, para ter a honra de ler a prosa de um poeta que tem versos assim:

EN CLOSE

É a vida
Fogo-fátuo
Desespero
E os pudicos
Mais fodidos estão
Nessa história
De dor e degredo. 

BERNARDO ALMEIDA
(Sangue novo, 2011)

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