Mais um, de Sissoko! (IG) |
No segundo tempo, não foi diferente: logo o placar estava 5x0, com a França se dando o luxo de perder um gol atrás de outro, talvez por excesso de zelo. A Suíça descontou com um gol de falta, seguido de outro, em troca de passes pela direita. Mas era tarde para uma reação mais maiúscula. A França ainda teve um gol, de Benzema, não confirmado, pois o juiz acabou o jogo antes que o atacante chutasse para as redes. Algo inusitado, que lembrou o gol de Zico, de cabeça, num escanteio, contra a Suécia, na Copa de 1978. Naquela oportunidade, o juiz também acabou o jogo com a bola no ar. É o segundo gol de Benzema garfado pela FIFA nesta Copa.
A França impressiona pela disposição, velocidade, ágil troca de passes, uma defesa segura e, sobretudo, pela capacidade de envolver o adversário quando contra-ataca. O terceiro gol, por exemplo, foi belíssimo. Num contra-ataque em alta velocidade, desde o campo de defesa, três jogadores triangularam, culminando o lance com um passe preciso de Giroud para Valbuena. Um gol antológico pela construção, e não pelo chute final. E uma lição de objetividade, para os jogadores que insistem em prender a bola e fazer tudo sozinho (leia-se Neymar).
Após o jogo, fiquei pensando no que disse um amigo meu, depois do primeiro jogo da França, contra Honduras: um futebol "mequetrefe". Mequetrefe é o nosso! E ainda mais que o principal sentido desta palavra é "patife". Não pense o Brasil que, só porque organizou a Copa, já a conquistou. Caso não se prepare para enfrentar Holanda, Alemanha, França, Argentina, Itália, Uruguai, Bélgica, Chile, Colômbia e Costa Rica (também, claro, depois de tudo!), vai passar à história somente como país sede. Merecidamente, pelo que vem jogando.
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