Foto: IG. |
O Brasil entrou em campo subestimando a Croácia. Imaginava talvez que o país que integrou a antiga Iugoslávia, célebre por seu toque de bola, ia se contentar em ser coadjuvante de uma vitória certa e antecipada pela mídia brasileira, cega e ufanista. O que se viu foi o que o campo, muito pequeno, para favorecer o equilíbrio da balança, permite: equipes equiparadas e jogando o comum. O Brasil, refém da vaidade de Neymar, que só raramente passa a bola para seus companheiros, e a Croácia com uma marcação relativamente eficiente e um contra-ataque rápido. Como espetáculo de técnica e tática, foi um jogo pífio; como lição, foi válido. O Brasil deve agora repensar suas decisões: 1) não há motivo para Fred continuar em campo, se o meio de campo brasileiro não consegue lhe passar nenhuma bola à feição para o arremate a gol; melhor seria jogar sem centroavante, apenas com jogadores rápidos, que atacassem em bloco, ocupando os espaços com constante troca de posições; 2) Neymar deveria se inspirar em Zico e Pelé, que só eram protagonistas quando tinham que ser, no preciso e precioso momento, sem forçar a circunstância; futebol não é tênis, são onze em campo, só a bola é uma. Felizmente, o goleiro croata colaborou, e talvez nos três gols, bem como o juiz, que, em dúvida quanto ao pênalti, preferiu favorecer a equipe da casa. O placar de 3x1 acabou por premiar o time que, sem medo, não desistiu em nenhum momento de buscar a vitória, e ao jogador que foi o melhor em campo: Oscar.
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