Para uma nova manhã.
Está nascendo e morrendo, se dando e tirando.
Este é o sentido
O rolar do tempo e de tudo.
Mude isso
E não haverá nem mesmo o próximo segundo.
O fluxo. O contínuo e imutável fluxo.
Mesmo as surpresas não são o que parecem.
São somente tese. Que segue.
São somente tese. Que segue.
E não há antítese. Não.
Dizer não é ter dito sim.
Síntese.
Dizer não é ter dito sim.
Síntese.
Poema incluso em Os prazeres e os crimes, inédito.
Foto: Pacatatu.
5 comentários:
Isso aqui dói muito:
"E não há antítese. Não.
Dizer não é ter dito sim.
Síntese."
A dor é percorrida por todos os pólos, um fluxo atemporal de divergências. Nunca houve unidade. Nunca. Aquele abraço.
É um poema bem ginecológico, menstrual. O fluxo. O contínuo e imutável fluxo. Se interromper é vida nova (há fluxo nisso), ou é pausa.
As surpresas são apenas novidades para nós simples mortais, mas para a natureza, nada é novo, a natureza é maior que todos nós, por isso o fluxo segue enquanto ficamos aqui tentando mudar e entender, entender e mudar.
Li o livro e deixei um comentário no meu blog, aparece lá.
Beijo!
é poesia de fluxo hegeliano...
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