"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 3 de julho de 2014

DIÁRIO DA COPA, 31: SELEÇÃO DA COPA (1)

Robben: candidato a craque da Copa, se a FIFA deixar (GOAL).
Mais cedo ou mais tarde vão ser escolhidos os melhores jogadores da Copa, e a escolha vai prevalecer de uma coleta que no máximo vai contemplar jogadores dos quatro finalistas. Desse modo, não será de admirar que alguns embustes apareçam, especialmente porque a FIFA costuma eleger os melhores antes da final e, mesmo que um jogador faça 5 gols na decisão, pode não estar entre os melhores. Lembremos a Copa de 2010, na África do Sul: o craque do Mundial, eleito pela FIFA, foi Forlán. E o mundo teve de engolir.

Se formos levar em conta o desempenho em um ou mais jogos, eu diria que uma ótima seleção do Mundial até aqui seria a que se segue:

Goleiro: Howard (EUA), sobretudo pelo que fez no jogo contra a Bélgica
Zagueiro 1: Yepes (Colômbia), pela regularidade e constante atenção ao longo do jogo
Zagueiro 2: David Luiz (Brasil), regularidade e capacidade de improvisar, fazer outras funções
Zagueiro 3: Kompany (Bélgica), regularidade e segurança
Meio-campo 1: Kroos (Alemanha), amplo domínio do meio de campo
Meio-campo 2: Bryan Ruiz (Costa Rica), elegância, bons passes e gols
Meio-campo 3: James Rodríguez (Colômbia), habilidade, visão de jogo, solidariedade com os companheiros e gols
Meio-campo 4: Messi (Argentina), por carregar, com seu talento, um time inteiro nos pés
Atacante pela direita: Valbuena (França), velocidade e oferta de passes para os gols franceses
Centroavante: Van Persie (Holanda), técnica, vigor e improviso
Atacante pela esquerda: Robben (Holanda), é o mais impetuoso e veloz dos jogadores da Copa.

Mas Benzema pode fazer 3 gols na final. Ou Müller. Ou o boboca do Neymar. E aí deve-se, por força do desempenho, escalar o cara na seleção do mundial.

Se eu tivesse de escolher hoje o craque da Copa, optaria por Robben. Já a revelação: James Rodríguez.

Melhor técnico: ficaria em dúvida quanto a quatro ou cinco nomes, com uma forte inclinação para os técnicos Marc Wilmots e Louis van Gaal, respectivamente da Bélgica e da Holanda, pela capacidade e coragem de mudar o esquema de seus times e, assim, chegar às vitórias. Mas o pior técnico é fácil: Felipão.

Se houvesse um prêmio para perseverança e desportividade, deveria ser dividido entre cinco países, pelo que fizeram em campo: Argélia, Grécia, Suíça, EUA e Austrália. Não tinham muitas chances, quase sempre estavam atrás do marcador contra países bem superiores, mas não desistiram em nenhum momento de buscar a vitória ou um melhor resultado.

Já a maior decepção: o meio de campo do Brasil. O pior de todos os tempos. Um verdadeiro horror. Um balaio de gatos. Um quarto escuro cheio de malucos.

A piada do mundial foi Suárez. Ou todo o time do Uruguai, reforçado por Cristiano Ronaldo.

Prêmio fair play: para o time da Espanha. Era a campeã mundial, badalada nos quatro cantos do planeta, um exemplo geral de futebol moderno... E caiu melancolicamente logo no início da Copa. Mas em momento algum apelou em campo. Perdeu de cabeça erguida e, de cabeça erguida, foi para casa, refazer-se. Um exemplo para os jogadores e países chorumelas, como o Chile. 

Gol mais bonito: o peixinho de Van Persie, contra a Espanha. Mais dois se destacam: o de Cahill, da Austrália, contra a Holanda, e o de James Rodríguez, contra o Uruguai. 

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