De canoa, vinha visitá-la
Todos os domingos à tarde
E juntos, lado a lado,
Se beijavam.
Todos os domingos à tarde
E juntos, lado a lado,
Se beijavam.
Eram namorados e um dia seriam casados.
A ilha invejava o idílio.
O idílio envolvia a ilha.
A ilha invejava o idílio.
O idílio envolvia a ilha.
Um dia, depois de anos,
Ele não veio.
Ele não veio.
Acharam só a canoa vazia.
Sem os remos.
Sem os remos.
O TEMPO
Onde ontem uma barbearia
Hoje uma lanchonete
Se os tempos são unos e simultâneos
Enquanto se come
Cabelos flutuam
Comem-se sanduíches
E mechas.
Onde ontem uma barbearia
Hoje uma lanchonete
Se os tempos são unos e simultâneos
Enquanto se come
Cabelos flutuam
Comem-se sanduíches
E mechas.
MAYRANT GALLO. De OS PRAZERES E OS CRIMES, inédito. A bela foto acima é de autoria da fotógrafa NATHY SILVA.
5 comentários:
Dois belos e vivificantes poemas.Onde o tempo é o senhor das engrenagens.Beleza MAYRANT
Muito bons!
Abraços,
Renata
Lindíssimos, Mayrant. Antológicos.
A tristeza é mesmo senhora.Que vontade de chorar...
Muito que bem, dor e prazer em doses contundentes, nunca esgotadas. Aquele abraço.
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