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Pintura de José Pancetti (1902-1958). |
AMOR DE MÃE
Uma anedota popular árabe conta que uma mãe, a quem perguntaram a qual dos filhos mais amava, respondeu:
"Ao pequenino, até que cresça; ao enfermo, até que cure; ao ausente, até que volte".
Minha mãe, ao mesmo tempo emotiva e cartesiana, era bem assim. E aqui fica este texto, em sua memória, pois hoje, se viva, completaria 81 anos.
Quanto ao belo quadro de Pancetti, é inevitável que ele me faça recordar o tempo em que moramos numa ilha, no RJ. Não era incomum que minha mãe, nas tardes de outono, que não eram quentes nem frias, me levasse, pequeno, a caminhar pela praia. A sensação que tenho hoje, ao me recordar daqueles momentos, é a de que estávamos sozinhos no mundo. Como as duas figuras no quadro. Assim são as lembranças, simples interpretações.
Quanto ao belo quadro de Pancetti, é inevitável que ele me faça recordar o tempo em que moramos numa ilha, no RJ. Não era incomum que minha mãe, nas tardes de outono, que não eram quentes nem frias, me levasse, pequeno, a caminhar pela praia. A sensação que tenho hoje, ao me recordar daqueles momentos, é a de que estávamos sozinhos no mundo. Como as duas figuras no quadro. Assim são as lembranças, simples interpretações.