"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry
sexta-feira, 22 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
LEITURAS 23: OS MARINHEIROS PERDIDOS
Publicado originalmente na coluna Crítica Rasteira, da revista Verbo 21, em fevereiro de 2013.
quarta-feira, 13 de março de 2013
KAFKA NA BAHIA
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Cena de O processo (1962). |
O
Planserv, plano de saúde do Governo do Estado da Bahia, não está emitindo
cartões de plástico para os seus associados, porque o contrato com a empresa
que os fabricava se encerrou, e uma nova licitação terá que ser feita ― e todos
nós sabemos como as tais licitações (desculpa para quase tudo) são rápidas neste Estado.
Enquanto isso, minha esposa que teve o seu cartão roubado anteontem, terá que
emitir um novo através da internet, mas este cartão, supostamente provisório, é
tão fuleiro que o atendimento médico só ocorre mediante apresentação da carteira de
identidade. Ora, a sua identidade também foi roubada, junto com o cartão do
Planserv, e o SAC só emitirá outra daqui a duas ou três semanas... Este é o
Governo do Estado da Bahia, kafkiano ao extremo, complacente com o crime, negligente
com a saúde e que despreza a educação e o bem-estar das pessoas. Einstein estava certo, quando afirmou que o maior inimigo do indivíduo é o Governo.
sexta-feira, 1 de março de 2013
A PONTE DA INSENSATEZ
A ironia de Flávio Luiz. |
Hoje, alguns dos leitores do Não leia!, comentando sobre o Metrô Imóvel de Salvador, que o atual governo imobilizou ainda mais, lembraram a ponte que eles querem construir, ligando Salvador a Itaparica. Obviamente que os (e)leitores só podem achar que, depois de tudo, esta ponte será mais uma piada. Pois foi isso mesmo que pensou o cartunista baiano Flávio Luiz, anos atrás, quando o projeto de construção foi anunciado. A charge acima sugere, com humor e ironia, que a ponte poderia se tornar a passarela de um incessante desfile de tudo o que Salvador é, para o bem e para o mal, e em grande parte por culpa dos políticos. Faraônica seria a ponte, mas seu uso, bem cotidiano, como a Av. Sete de Setembro, no Centro. O mais certo, porém, é que, pela tradição das últimas décadas, a ponte comece a ser construída e, depois de meses ou anos, pare, pela metade, como um braço amputado, suspenso na imensidão do mar. Um trampolim como aqueles sobre os quais, nos desenhos animados, os piratas obrigam que os marujos rebelados andem, para a morte... Um símbolo da insensatez dos políticos e de sua opção antes pela publicidade do que pelo bem estar da população que representam.
Clique sobre a imagem, para ampliá-la.
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METRÔ IMÓVEL NA CHUVA
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Pichações e desgastes já são visíveis em vários trechos. |
Esse governo da Bahia deve supor que somos patetas ou eles mágicos para achar que, em 2015, eles continuarão sua ditadura ideológica. O maior símbolo de sua inoperância como gestores públicos, e que, no entanto, foi carro-chefe de campanha, é o Metrô de Salvador. Continua lá, parado, sob a chuva e o sol, o que nos leva, mais uma vez, à literatura, à poesia: "Há algo mais triste no mundo/ que um trem imóvel na chuva?" Mas eles não sabem o que é isso, pois nem Pablo Neruda, que foi comunista, eles leem.
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