
Demanda muito menos tempo e esforço ser sarcástico ou irônico ou desdenhoso, como o sujeito anônimo que me escreveu me chamando de cavalo (uma ofensa ao animal), porque usei a seguinte construção num dos meus minicontos da dupla Nicolau & Ricardo: “E não há nada neste mundo, naquele momento, que seja mais preciso, mais exato, que a imaginação daqueles dois”.
Acredita ele que os adjetivos “preciso” e “exato” têm o mesmo significado, são sinônimos. Ora, são e não são. Da forma como estão associados, são ao mesmo tempo uma reiteração e um acréscimo. Infelizmente, nem todo mundo “sabe ler”. E não é por culpa pessoal. Muitos são os fatores, em nosso tempo, que desfavorecem a leitura (ou a leitura correta, que reúne senso crítico, sensibilidade, referências, conhecimento), e o pior de todos talvez seja nos convencer de que aquele que escreve não sabe escrever.
Foto: Clark Gable, com um dos atores, num intervalo das filmagens de Os desajustados (1960), de John Huston.
Mayrant,
ResponderExcluirVocê está mesmo acima do bem e do mal.
Fino. Elegante. Exato, preciso. Simples assim.
Abraços,
Renata
Linda a foto do intervalo de " Os desajustados".
ResponderExcluirEsse post: Construção arttística e ironica.
Infelizmente só para poucos.
Muitos são os fatores é verdade, e poucos os escolhidos.
Minha vaidade que me fazer acreditar que estou entre eles.
Mayrant,
ResponderExcluirO Ricardo Thadeu, do blog 100 fundamentos, que conheci através do do Giorgio que conheci através do teu, me indicou para uma premiação meme-selo brincadeira. Para a qual meu primeiro indicado tinha que ser você.
Nunca vi estas coisinhas no teu blog, de maneiras que se você não quiser participar, sinta-se bem a vontade. Me avise no e-mail e nem precisa publicar este comentário.
Espero que não te importes.
Grande abraço
Marie
É meu irmão, uma vez assisti a uma palestra de um escritor e professor, assim como você. Ele dizia que o maior desafio de um professor da Língua é ser professor de leitura. Certamente faltou isso ao tal sujeito...
ResponderExcluiro comentário do Carlos Vilarinho me lembrou das palavras do professor Luis Antonio de Assis Brasil no meu primeiro dia de aula no curso de escritores aqui da PUC-RS: "não sei se vocês sairão daqui melhores escritores; certamente, sairão melhores leitores".
ResponderExcluirÉ verdade. Para saber escrever é necessário antes aprender a ler DE VERDADE como escreveu o fantástico Márai.