sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

TODO HOMEM É UMA VASILHA

As pessoas não nos julgam pelo que somos, mas por não nos parecermos com elas, não pensarmos como elas; por encerrarmos outro ponto de vista, outra memória, outra experiência que elas jamais admitem existir e que, não satisfeitas, pretendem invalidar em favor de si mesmas. Por que Machado de Assis não é Kafka, nem Curzio Malaparte, Dostoiévski? Por que eu não sou você? Nem você é o poetastro que vende seus livretos de mesa em mesa, no bar? O cineasta Ingmar Bergman tem a resposta: “Tuas palavras servem à tua realidade; as minhas servem à minha. Se trocarmos as palavras, elas passam a não valer nada”.

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