domingo, 26 de outubro de 2008

A POÇA

O primeiro romance policial que li marcou-me profundamente. Foi O destino bate à sua porta, de James M. Cain. Uma ediçãozinha barata, de bolso, vendida em bancas de revistas e que trazia, na capa, Jessica Lange de pernas abertas, numa pose do filme. Lembro que o emprestei a uma amiga de escola, que antes de ler o encapou para se prevenir da ira dos pais...
Eu jamais havia lido uma história tão crua e despojada de princípios, e com um estilo tão seco, tão cínico, vertiginoso, veloz. Uma história de amor e paixão, mas contada pelo viés do crime, do sangue, das maquinações cruéis. Matar por amor e para ficar juntos, com o dinheiro e os bens do outro... Nada mais verdadeiro e estimulante: o sentimento, a lealdade amorosa, a liberdade de ação e a vitória aparente, quase onírica. Uma poça empestada de sonho a refletir nosso rosto humano.

8 comentários:

  1. Mayrant, gostei demais de seu novo blogue! Parabéns pelo texto.

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  2. Mayrant,
    Achei o novo blog lindo!
    E o texto está muito bom tb.
    Já vou linkar!
    Abraços,
    Renata

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  3. OLá, Mayrant gostei muito do seu novo blog.
    Um abraço,
    Andréia

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  4. Meu amigo, agora temos um endereço cativo para as nossas correspondências literárias. O espaço é salutar e pode (e deve) fomentar assíduos frequentadores. Vida longa. Aquele abraço. Thiago.

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  5. Mayrant, gostei do novo blog. Vida longa a ele, como diz o meu amigo Thiago! Grande abraço!

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  6. Repetindo, meu caro, infelizmente não me lembro do primeiro romance que li. Mas sei que foi o culpado de tudo. Achei ótimo o formato, a proposta excelente. Abr. (carlos)

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  7. Mayrant, também adoro esta história. O filme está à do livro.
    bjo,
    Martha

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  8. é mesmo um livro sensacional. não sei se li por indicação sua, mas é possível que tenha sido também por indicação de jorge, o dono do sebo em que deixei milhares de reais - um livro seco, mas cheio de poesia(eu, que me amarro nesse dito realismo cru, enxergo poesia na dor e também na frustração). nunca fui muito fã do hammet, embora o reconheça como importante, tampouco cultivei amores por goodis, macdonald e outros ditos escritores noir. mas o mcain, assim como chandler, me fizeram respeitar o gênero.
    abrazz, rapaz,

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