"Eu respirava naquelas salas, como um incenso, esse cheiro de velha biblioteca que vale todos os perfumes do mundo." Antoine de Saint-Exupéry

segunda-feira, 14 de julho de 2014

DIÁRIO DA COPA, 38: ALEMANHA TETRACAMPEÃ!

Götze, o iluminado (Globo.com).
No Maracanã, ontem, o gol de Götze, no segundo tempo da prorrogação, conferiu justiça ao jogo e à melhor campanha da Copa. A Alemanha foi, sem dúvida, a melhor seleção do mundial, a mais regular, a de toque de bola mais refinado e que, no momento certo, soube se impor aos adversários. Forma, aliás, com Holanda, Colômbia, França, Bélgica e Argentina uma espécie de sexteto de ouro, abaixo do qual todas as demais seleções estão, inclusive o Brasil, que foi protagonista do maior fiasco da Copa.
 
Surpreendeu a todos que a FIFA premiasse Messi como o melhor jogador da Copa. Nem ele mesmo acreditava nesse galardão e, por isso, ficou ali, com a taça na mão, sem saber o que fazer. Faltou ao mesmo a humildade de recusar o prêmio e o entregar a Kross, Robben, Jamis Rodríguez, Müller ou Neuer. Na verdade, a FIFA deu ao argentino um prêmio de consolação, como fizera em 2010, ao escolher Forlán. Se assim foi, deveria dar algum também ao selecionado brasileiro. Um muro besuntado de graxa, digamos, diante do qual os caras ficassem a se esfregar e chorar suas lágrimas infantis, de adolescentes tardios, como bem definiu o escritor Carlos Barbosa.
 
E soube agora que Felipão foi embora, com a demissão debaixo do braço. Que vá! Só espero que, às portas de 2018, não seja chamado mais uma vez para salvar a pátria. Ou enterrá-la. Com a CBF, assim como com a FIFA, tudo é possível.
 
O Diário da Copa volta em 2018, se a vida assim permitir e Deus nos conceder tal direito.

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